A Internet é, sem dúvida, a principal ferramenta de comunicação já criada pela Humanidade. Um recurso de valor incomensurável, à disposição de todos, que coloca na ponta de nossos dedos um contingente inesgotável de informações e de possibilidades de interação. As distâncias, antes intransponíveis — ou cuja transposição estava apenas ao alcance daqueles com recursos materiais além das possibilidades da vasta maioria da população — hoje não existem, para quase todos os efeitos práticos, por conta da Internet. Informações que antes exigiam deslocamento até bibliotecas do outro lado do planeta, ou a espera de meses até que cópias pudessem ser providenciadas e despachadas pelo correio, agora estão a uma busca no Google de distância.
Esse valiosíssimo recurso que é, de fato, patrimônio da Humanidade já foi e continua sendo visto por alguns como algo a ser conquistado, tomado para fins próprios. Tratada como presa por esses poucos indivíduos, a Internet é constantemente caçada, com o objetivo de ser domada para servir exclusivamente aos seus propósitos. Tem sido assim desde o início da década de 1990, e o último ataque ainda está em curso. Infelizmente, essa ofensiva aos poucos está sendo bem-sucedida.
Quando de sua disponibilização comercial por meio da Web — possibilitada pela disponibilização do protocolo HTML, criado por Tim Berners-Lee, em 1990 —, a Internet rapidamente foi abraçada por alguns players iniciais, e não tardou para que um deles, a AOL (America On-Line) dedicasse esforços para criar um ambiente “completo”, um parque emparedado dentro do qual o usuário pudesse brincar tranquilo, sem precisar ir “lá fora”: tudo de que precisava estava ali dentro do ambiente da AOL. E-Mail? Conteúdo? Informações sobre o tempo? Programação de cinema e TV? A AOL providenciava. Estava tudo ali, organizadinho, para o usuário acessar. Naquela época, pouco se falava em produção de conteúdo por parte do usuário, mas até protótipos de fóruns de discussão e salas de chat a AOL disponibilizava, fomentando a interação entre esses usuários. Este modelo era reminiscente do período pré-Web, em que os poucos serviços eram oferecidos dessa forma, ilhas isoladas de qualquer outro provedor. Olhando para trás, não é difícil perceber que foi uma tentativa de dominar o recurso nascente da Internet com base no modelo antigo, ainda que nos dias de hoje possamos perceber que foi uma tentativa pífia para os tempos que nasciam. Rapidamente, outros provedores menos ambiciosos, em termos de abarcar usuários, começaram a proliferar no mercado, e outros recursos de produção de conteúdo surgiram. Sites importantes se recusaram a entrar no “parque” da AOL, e as máquinas de busca da época (Alta Vista, Web Crawler, Lycos e os “novatos” do Yahoo) facilitavam o acesso aos recursos que estavam do lado de fora da AOL. Como em pouco tempo esses recursos externos ficaram muito maiores do que o que era oferecido pela AOL, a empresa aos poucos perdeu a relevância e ficou relegada ao posto de mais um provedor de acesso à Internet. Para entender o quanto a empresa perdeu, basta observar o contraste entre a compra da Time-Warner por 165 bilhões de dólares em 2000 e a venda da empresa para a Verizon em 2015 por meros 4,4 bilhões de dólares (depois de um spin-off da própria Time Warner).
A segunda tentativa de tomar a Internet como presa foi lançada por não menos que Bill Gates e pela Microsoft, em 1995. Naquela época, a grande tecnologia à disposição para acesso à Internet era o navegador. O programador Marc Andreessen havia, em 1993, publicado seu navegador gratuito, o Mosaic, que foi o primeiro navegador popular para a Web, então em seu estado nascente. No ano seguinte, interessado no potencial comercial do navegador, Andreessen criou o Netscape Navigator, que estendia as possibilidades gráficas e de formatação das páginas Web.
Bill Gates, vendo aí um grande potencial para a Microsoft, e usando de sua enorme influência de mercado, bem como da enorme popularidade do Windows, decidiu lançar seu próprio navegador, o Internet Explorer. Em função do empacotamento do Internet Explorer no sistema Windows, bem como do fato de esse navegador ser gratuito — em oposição ao Netscape, que custava 49 dólares. Em pouco tempo, o navegador da Microsoft ganhou popularidade com velocidade estonteante, desbancou o Netscape e venceu a então chamada “Guerra dos Navegadores”.
Ocorre que Gates não se satisfez com essa vitória indiscutível: ele queria mais. Sub-repticiamente, a Microsoft começou a criar códigos derivados do HTML e incluí-los tanto no IIS, o servidor Web da empresa, quanto no Internet Explorer. O objetivo era claro: transformar o HTML — que compõe as páginas Web pelas quais navegamos em nosso dia-a-dia — em uma linguagem proprietária da Microsoft.
Se Gates tivesse sido bem-sucedido, a Internet seria hoje mais uma extensão da Microsoft, com padrões fechados, de propriedade da empresa, como são os formatos dos documentos Word, Excel e PowerPoint. Gates só não obteve sucesso em seu ataque à Internet porque a comunidade se uniu em torno de padrões abertos e servidores gratuitos, como no caso do Apache, permitiram que muitos provedores de conteúdo criassem e disponibilizassem conteúdo baseado nos padrões Web. A pífia campanha de marketing da Microsoft ressaltando as vantagens da integração do Internet Explorer com o Windows e com as “melhorias” propostas pela versão proprietária do HTML caíram em ouvidos moucos — ainda bem! Aos poucos o sonho de tomar a Internet para si morreu para Bill Gates. O coitado teve de se contentar com o título de homem mais rico do mundo como consolação.
Atualmente, temos duas tentativas em curso por parte de predadores da Internet. Como no caso da Microsoft em 1995, essas tentativas ocorrem por parte de pesos-pesados do mercado: o duopólio Google e Facebook (“duopólio” é o termo usado pela mídia para se referir às duas empresas que são, de fato, dominantes na Internet nos dias de hoje).
O Google é, hoje, a maior empresa de tecnologia da Internet em operação e, sem dúvida, o nome mais popular de toda a Internet. Para entender isso, basta perceber que 92% de todas as buscas realizadas na Internet ocorrem por meio do Google, com o Bing, o segundo colocado, com menos de 3% (Fonte: StatCounter). No quesito navegador web, o Google Chrome ultrapassou o Mozilla Firefox em novembro de 2011, quando ambos tinham 23,5% do mercado, e ultrapassou também o Internet Explorer em junho de 2012, quando ambos tinham 29% do mercado. Em maio de 2017 o Google Chrome tinha 54% do mercado de navegadores, enquanto o Safari da Apple aparecia em segundo lugar, com distantes 14% (Fonte: também o StatCounter).
Em função dessa hegemonia, o Google está tentando uma estratégia semelhante à da Microsoft. Lançou, em 07 de outubro de 2015, a Iniciativa AMP (Accelerated Mobile Pages), um mecanismo de codificação de páginas Web por meio de um subconjunto da linguagem HTML e de ferramentas próprias (Leia-se: de sua propriedade), que permitem a carga mais rápida das páginas codificadas com essa tecnologia. À primeira vista, as vantagens são grandes: a codificação de páginas é mais fácil, permitindo a disponibilização mais rápida de conteúdo, com formatação agradável e efeitos inteligentes, O que de fato atrai os produtores de conteúdo, conhecidos como publishers.
O “porém” é gigantesco: as “ferramentas próprias” utilizadas não permitem que as páginas sejam adequadamente carregadas em outros navegadores além do Google Chrome, e as páginas serão indexadas apenas usando o próprio Google, tornando a busca realizada por outros meios absolutamente impossível. Mais: a busca de informações (palavras-chave e expressões) dentro de uma página, fica impossível fora do Chrome. Você está lendo esse artigo e, depois que termina, quer voltar exatamente ao trecho que fala sobre Marc Andreessen. Se o artigo tivesse sido codificado com a tecnologia AMP, você só poderia realizar a busca por “Marc Andreessen” dentro da própria página e ser bem-sucedido usando o Google Chrome. A comunidade de especialistas em Web já começou a se mexer, emitindo opinião atrás de opinião contrária ao uso do AMP. Espero sinceramente que a comunidade de desenvolvedores da Web se afaste dessa tecnologia de desenvolvimento, priorizando tecnologias abertas de fato, 100% baseadas em padrões abertos como o HTML e o PHP, pois o AMP nada mais é que um ataque predatório. Infelizmente, tanto publishers quanto anunciantes estão ouriçados com o AMP, pois para eles o tempo economizado na carga das páginas é crucial. O que parecem não enxergar é que estão dando controle sobre seu conteúdo a uma empresa externa, que não tem interesse em que mantenham a independência. Uma pena.
O outro ataque é mais sutil, mais pernicioso, e tem muito mais chances de ser bem-sucedido. Vem do Facebook, e atende ao desejo insano de Mark Zuckerberg de dominar a Internet, tornando-a um brinquedo só seu. O pior é que, com nossa ajuda — a minha e a sua — a cada dia que passa ele se aproxima mais de atingir seu objetivo. Como? Simples: por meio do próprio mecanismo criado pelo uso do Facebook. Não há dúvida de que essa empresa é a mais bem-sucedida e mais popular rede social do planeta. Com cerca de 2 bilhões de usuários, os números da empresa são impressionantes: crescimento de 17% ao ano no número de usuário, 66% dos usuários usando a plataforma diariamente, e 94% dos usuários acessando o site também de seus aparelhos móveis.
O problema de todo esse sucesso é que começamos a confundir o Facebook com a própria Internet. Em pesquisa publicada em janeiro de 2017, 55% dos brasileiros questionados responderam “SIM” à pergunta: “Você concorda com a afirmação seguinte: o Facebook é a Internet?”. O Brasil ficou atrás, nesse quesito, apenas da Nigéria (65%), Indonésia (63%) e Índia (58%). Ou seja, dos 3,65 bilhões de usuários da Internet, uns 600 milhões acreditam que o Facebook é a Internet, e isso é uma péssima notícia. Principalmente porque os próximos usuários da Internet tendem a ter o mesmo discernimento, o mesmo nível educacional desses que já acreditam nesse despautério.
Cada vez mais usamos o Facebook para qualquer coisa que precisamos. Muitos são os que não buscam mais notícias nos portais e periódicos da Web: vão direto ao Facebook e absorvem o que os amigos publicam em sua timeline. Muitos — inúmeros! — são os que vêm desistindo de seus blogs e sites pessoais, elegendo o Facebook para publicar seus devaneios, seus pensamentos, seus artigos. Aliás, esse fenômeno só não ocorre mais aceleradamente porque qualquer post com mais de 5 linhas no Facebook é taxado de “textão”, o que é garantia de que será “pulado” por 90% dos que passarem por ele. Esse é um dos primeiros problemas sérios de termos o Facebook como a definição da Internet.
“Por quê?”, você pergunta? É simples.
O Facebook promove o meme, a tirada de uma linha, o texto curto que pode aparecer em fonte maior e com fundo colorido. Assim, cria uma cultura de imediatismo, de recompensa instantânea que, por conseguinte, desencoraja a leitura — e, claro, a publicação — de textos e conteúdos mais longos. O Facebook não inventou esse mecanismo, mas o destila e o utiliza com sucesso nas timelines de seus usuários. O mecanismo em si deriva do fato de que a Internet propicia um manancial incomensurável de informações à nossa disposição, e o tempo que temos para aproveitar esse manancial permanece constante. Cada vez mais temos opções de leitura, áudio, vídeo, imagens, memes, portais de notícia, curtas-metragens; cada vez mais temos gatos fazendo gracinhas, gente se escalavrando no asfalto, esportistas radicais descendo montanhas de bicicleta; cada vez mais temos informação, escândalos, ataques terroristas, tweets do Donald, biles destiladas com a Operação Lava-Jato. Cada vez mais temos luzes piscantes à nossa frente. Com tanta coisa interessante assim, nosso tempo fica cada vez mais escasso, e a pílula substitui a refeição: damos mais atenção ao “curto e grosso” do que ao substancial.
O Facebook vem se tornando “a definição da Internet” justamente porque sua interface não só incentiva, mas capitaliza sobre esse comportamento. Ao incentivar o “curto e grosso”, o Facebook se torna o que o americano chama de one-stop shop, ou seja, loja multi-departamento. Quem tem um pouco mais de idade vai se lembrar da Mesbla, da Sears, ou de outras lojas do tipo “tem tudo”: você ia na loja e resolvia todas as suas compras. O Facebook está se tornando o one-stop shop da Internet, e isso é péssimo.
Por que é péssimo? Por algumas razões básicas:
- Diferentemente da Web “livre”, o Facebook controla o que você vê e quando você vê. Você não é cliente do Facebook, mas sim o produto (os clientes são os anunciantes). O Facebook atende as necessidades de seus clientes, e isso implica em mostrar para você uma combinação entre o que vai te manter mais tempo grudado em suas páginas e o que vai gerar mais compras de espaço por parte dos anunciantes.
- O conteúdo postado no Facebook não é “buscável”, isto é, não é indexado pelas máquinas de busca, como o Google. Não por conta de algum empecilho tecnológico, é bom observar, mas sim porque o Facebook assim deseja: se você não consegue encontrar conteúdo de Facebook estando “do lado de fora”, terá que entrar, e então passará a ter sua atenção ordenhada pela empresa.
- Um dia, o Facebook pode ser substituído pela nova “bola da vez” e, nesse caso, o conteúdo lá postado será perdido. “Impossível acontecer!”, você diz? Bem, olhe para outras comunidades defuntas, como é o caso do MySpace, do Orkut e do GeoCities (Se não conhece algum deles, é porque já aconteceu. Procure no Google ou na Wikipedia que você vai encontrar). Todos eles já tiveram milhões de usuários, postando uma quantidade gigante de coisas, que se perderam porque os serviços saíram do ar. “Ah, mas um Website também pode sair do ar!”, você vai dizer. Nesse caso, temos uma solução: o Internet Archive. Este serviço armazena páginas da Web e mantém cópias de inúmeros sites que já não existem. O Facebook não permite esse arquivamento, e nada garante que seus posts vão existir no futuro.
- Os mecanismos de busca e remoção por conteúdo impróprio empregados pelo Facebook são arbitrários, generalistas e plenamente “burros”. Permitem a publicação de conteúdo racista, discurso de incitação de ódio e notícias falsas, por exemplo, enquanto proíbem a publicação de imagens de quadros históricos, como no caso da pintura A Origem do Mundo, de Gustav Courbet (1866).
- Quem controla o Facebook é uma pessoa só: Mark Zuckerberg. o que ele quer, fica, o que ele não quer sai. Simples assim. Recentemente os acionistas da empresa reclamaram que o Facebook não faz o suficiente para combater as notícias falsas, e chegaram até a criar um plano para melhorar esse quesito. Infelizmente, Zuckerberg não gostou do plano e parece estar satisfeito com as medidas adotadas até o momento. Como ele tem mais de 50% das ações, é ele quem manda, ou seja: tudo continua como ele quer.
- Quanto mais tornamos o Facebook o padrão da Internet, mais enfraquecemos os padrões abertos, as opiniões diversas (e a diversidade em si), os sites livres. Quanto mais tempo passamos no Facebook, mais o Facebook ganha a guerra da atenção, e mais a Internet livre se enfraquece.
Não devemos nos enganar: o objetivo de Mark Zuckerberg é tomar para si a Internet, tornando-a sua presa, seu brinquedo particular. Se for bem-sucedido, não há como fugir à conclusão irrefutável: será com nossa ajuda, e o que ajudaremos a construir é um regime digital totalitário.
Mas como evitar isso? De três maneiras, basicamente:
- Passe menos tempo no Facebook. O empreendedor e filósofo Tristan Harris iguala a consulta do Facebook em busca daquele “numerinho” que indica evento, ao puxar da manivela de um caça-níqueis: queremos saber sempre o que nos espera, e nos recompensamos com essa “olhadinha”. Devemos nos desvincular desse vício (porque, não se engane: é um vício).
- Use seu tempo on-line em sites abertos, portais, comunidades na Web. Troque os grupos no Facebook por grupos externos, procure notícias em sites de notícia, não em sua timeline, encontre alternativas ao Facebook.
- Ao produzir conteúdo, opte por uma plataforma externa, um site, uma comunidade fora do Facebook (mas nesse último caso, cuidado para não pular da frigideira direto para o fogo). Publique seus pensamentos em um blog pessoal ou em um site, e se quiser, publique o link para o artigo em sua timeline. Dessa forma, se um dia o Facebook for substituído, seu conteúdo será preservado. Assim, também, seu conteúdo poderá ser encontrado por quem está de fora do Facebook, poderá ser referenciado por outros sites, e poderá ser encontrado em buscas no Google ou em outras máquinas de busca.
Bom, se você chegou até aqui, parabéns: você resistiu ao textão, passou alguns minutos fora do Facebook, e me deu esperança.
Ainda temos chance — e você é prova disso — de vencer o ataque predatório do Facebook à Internet. Vamos em frente. A luta continua…
Rapaz, agora vc vem de tecnologia? O que o Ruy come, onde vive, o que faz, ele dorme? kkkkkkk Ótimo texto, mais uma vez! Como entendo pouco sobre AMP etc fui lendo e dando uma pesquisada (no google com AMP...) e cito a última frase de um dos artigos: "As I've said before the power of the web lies in its decentralization, it lies with its edge nodes – that is, with you and me. If we reject AMP, AMP dies." Ah, mas se fosse assim com as grandes corprorações, não? Vamos às risadas que dei no seu texto, mesmo sendo um assunto sério. "O coitado teve de se contentar com o título de homem mais rico do mundo como consolação." kkkkkkk Tô com pena do Bill! Sears? Mesbla? huahuahuahua Seu velho! Olha, meu primeiro waffle com sorvete foi na Mesbla da Cinelândia! Tenho 48. Tempos bons!!! Hmmmm Será? Talvez seja um tópico interessante para ti. "Os tais tempos bons eram mesmos bons?" Agora, uma questão que acho bem séria! A permissão de publicação de conteúdo racista, discurso de incitação de ódio e notícias falsas. Fico abismado com alguns conteúdos, porém, a remoção de conteúdo impróprio não seria tolir a liberdade de expressão? OPA! Talvez outro tópico interessante. "Até onde vai a liberdade de expressão? Ou liberdade é liberdade e ponto?" Sabe, lembro de um filme que o curador de uma galeria tinha que decidir se uma coleção de fotos com parte íntimas seriam expostas. Em nome da arte a exposição ocorreu. É isso. "A luta continua...", sempre, mesmo que o mais importante seja o caminho. Do Budismo: Faça boas ações, diga boas palavras, tenha bons pensamentos. Um abraço!
Sim Jaylei: política, música, cinema, ciência e, claro, tecnologia. Está lá no texto que me descreve, na página “Pessoas”: está tudo nos conformes para que um dia eu venha a ser lembrado como o santo-padroeiro dos diletantes. Bom, segue o enterro... Não somos tão díspares assim em termos de idade: eu tenho 49, e conheci a Mesbla pela loja do Viaduto do Chá, em São Paulo, ainda molequinho, quando meus pais iam a São Paulo visitar meu tio. Velho, sim, mas feliz por ter conhecido e vivido um tempo antes da Internet, o que nos dá um preparo para avida bem diferente do que os millennials estão tendo. Sobre liberdade de expressão, esse é um papo cabeça demais para mim. Sou a favor, mas não hesitaria em condenar a muito tempo de cadeia o cara que gritasse “FOGO!” dentre de um cinema lotado, por mais que estivesse se expressando livremente. Fora essas situações extremas, sou brutalmente favorável à liberdade de expressão, mas jamais deixarei de apontar quando o exercício dessa liberdade gerar expressões que os fatos não sustentam, independente de que fatos. Se você der uma olhada nos meus textos pregressos vai ver que eu taco o pau na direita e na esquerda, sem dó, quando vejo, ouço ou leio idiossincrasias. Novos fora o indivíduo tem o direito de expressar o que quiser (fora as exceções ali de cima), mas tem o dever de arcar com as consequências do exercício dessa liberdade. Mas, sim, dá um texto bacana esse assunto. No mais, vamos em frente. Obrigado, mais uma vez, pelo carinho.
Jaylei, como conheci o Ruy quando trabalhamos em uma empresa de tecnologia, e assim, sempre buscando muita info por qualquer assunto que o interessasse (Ruy, inesquecíveis os fractais! Rs...), não estou surpreso. Estou é preocupado com as verdades escritas frente a uma geração (turminha dos vinte e poucos anos) que já não busca a profundidade... Ruy, mais um belo texto! Abraço!
Lá se vão quase 20 anos, Heitor, e nesse respeito eu continuo o mesmo moleque curioso de sempre... Já a meninada de hoje, acho que eles vão bem. Só precisam entender o que estão entregando de mão-beijada em troca de alguns likes. Mas eles chegam lá, estou certo. Um abração, e obrigado pelo carinho!
Em relação ao artigo, aprecio a disseminação de conhecimento ainda mais nos dias de hoje que as redes sociais estão dominando, é um artigo bem voltado ao assunto, Ruy continue com as publicações tanto o Sr. e seus colegas!