Há toda uma preocupação estética em ditar o que é considerado bonito, atraente e aceitável no corpo humano. Como se fosse possível, cabível e justo organizar uma única lista a ser seguida para, somente então, ser considerado parte de uma beleza decente dita pela sociedade de forma geral.
Acontece que a sociedade somos todos nós. Qualquer um de nós que aceite essa lista, que não a conteste, que tenha vergonha de ser o que é, faz parte ou alimenta esse absurdo insano que é a ditadura da estética.
Já foi pior. Eu acredito que, atualmente, as consciências estão sendo despertadas e, aos poucos, está acontecendo uma rebelião silenciosa contra qualquer coisa que se coloque como regra ou definição, inclusive da estética. Ainda há grande parte equivocada com preconceitos diversos, muito além de somente a beleza perfeita. Ainda há, e muito, preconceito com relação à raça, gênero, credo etc. Muitas vezes acontece de forma velada, com a desculpa de que sempre foi assim e por aí vai. O fato é que, ao se falar dos diversos tipos de intolerâncias, talvez falte expor, assim como ferida aberta, a mais comum e sorrateira de todas elas: a intolerância consigo mesmo. Cada um só dá o que tem, fato. Então quando vejo tanta falta de amor, compreensão e respeito, para mim, a raiz está justamente nisso. A pessoa, lá no fundo, não consegue ter isso nem com ela mesma. Como ter com o outro? Percebe?
Sei que muitas são as causas, mas acredito que a raiz esteja mesmo escondida aí. Essa talvez seja a real, misteriosa e tão esperada forma que temos de curar o mundo: antes, curarmos nós mesmos.
Sem essa nutrição de alma, que é o autoconhecimento e autocura, talvez fique mesmo inviável pensar num mundo melhor. Acontece que eu creio. Cada um no seu tempo, no seu ritmo, do jeito que entende, recebe tudo da vida para chegar nessa conclusão e começar, finalmente e realmente, sua jornada aqui como alma encarnada. Somos veículos de uma evolução maior, individual e na totalidade. Porque todos somos Um. E em unidade, por essência, só pode mesmo existir o amor. No amor reside a cura. E na cura mora a Luz. E a Luz é puro amor.
Eu creio e busco. Busco justamente por crer. E você?
Oi Dani. Sabe, não somos todos um... Somos, mas não somos. Há preconceito de raça, de cor, de classe. Há opressão, escravidão. Há o dinheiro que manda, o poder que corrói, almas e governos. Eu percebo que não há cura quando não se quer e sem cura não há amor, nem próprio, nem pelo outro. Não há como chegar à luz... Mas, eu me atenho mais ao que é feito de bom. Das graças, dos pequenos milagres diários. Ontem fiz uma das mais intensas meditações, Gratitude. Meditação guiada do aplicativo Sattva. Ainda me são raros os momentos de conexão, mas eles existem e somente por isso, já sou muito grato. Tenho esperança que da dor possam vir ideias, sonhos, melhores projetos para a raça humana. Sigo, sigamos. Seus textos são raios de luz, mesmo que, como hoje, luz tênue. Gratidão.
Olá, Jaylei! Isso aí, sábias palavras! Gratidão! Um abraço!