Eis que nosso Confrariando já está em seu segundo ano. Meus caríssimos confrades têm mania de dizer que sou a mãe do projeto. Eu contesto, até porque apenas lancei uma semente (o que me faria estar mais para pai). Se essa semente não encontrasse um solo fértil, este espaço não existiria. Por isso, insisto: confrariar é preciso, promover não.
Sei que forcei demais a barra nesse trocadilho que tenta se parecer com a frase imortal de Fernando Pessoa: Navegar é preciso, viver não. Só que, diferente do que esse gigante queria dizer com suas palavras, quando eu digo que confrariar é preciso, refiro-me à sua indispensabilidade, à sua imprescindibilidade. Por outro lado, promover, no sentido do mover proposital e calculado, eu diria que é dispensável quando consideramos a fruição humana: exatamente a proposta de nosso Confrariando.
Quando adotamos o termo Confraria, pensamos na força que pode ter um grupo que se reúne em função de ideias, valores e anseios muito parecidos. A palavra, desde sua origem (nasceu de movimentos gregários ligados aos frades) sofreu muitas transformações pelo seu uso no senso comum. De qualquer forma, o núcleo do Confrariando se apega à sua aura de união pela amizade, pelo respeito e pela admiração de um pelo outro.
É nessa toada que a história do Confrariando se fez realidade: uma ideia que orbitava no abstrato até que encontrou a garra e o comprometimento do confrade Ruy que transformou a semente em árvore. Ele é o responsável pela arquitetura do site. A personalidade forte e coesa do projeto é nutrida cuidadosamente pelo confrade Guilherme, cujos conhecimentos literários e editoriais nos fazem caminhar com mais segurança. Essa cara tão peculiar do site foi pincelada criativamente pelo confrade Lalli, cujo logotipo é de sua autoria, além de várias de suas fotos prestigiarem muitos de meus textos. Nossa confrade Dani, atuante desde a concepção do projeto, nos fornece intensidade e sabor agridoce para nosso site. E, claro, há sim um jornalista no grupo: o confrade Sérgio que, além de nos presentear com seus textos, também nos guia com sua cura preciosa.
Parece mesmo um grande caldeirão em que ingredientes ricos e saborosos são misturados em uma receita que, depois de pronta, é servida a quem apetecer. É o resultado disso tudo que nos leva a compreender que, muito mais importante do que os ingredientes é o prato final. Esse, nós oferecemos, semanalmente para você que se desafia a nos ler.
Nesse caldeirão de saborosos desfrutes, promover é o menos importante. Queremos mais é Confrariar!
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Foto by: Marcos Lalli
Olhei a foto e nem comecei a ler porque já me vi ali, me enroscando em vc. Não, não EM vc, no texto, em cd palavra. Hmmmm Se bem que não, isso acontece mais com a Dani. Ela toma Ayahuasca? Nossa, e ela escreve "é só" no final!!! É só??? :) Bem, pra mim, o mais importante são vcs, ainda que os textos e a tecitura gerem um produto final interessante. Mesmo não estando há um ano acompanhando o Confra, o texto que levo na mente é um dos seus, mesmo que os da Dani gerem avalanches. Levo aquele da Arte da Guerra, da resistência, do inimigo sombrio sempre espreitando (isso dava é livro do Stephen King). Tô de olho nela, Carla! Enfim, parabéns, muitos anos de vida ou melhor, muitas navegações, já que é preciso! Bj e ótimo fds!
Meu Caro Jaylei, super obrigada pelos votos. Não importa se você está conosco há muito ou pouco tempo. O que importa é poder confrariar com você. Quanto à Dani, eu diria que ela é a própria Ayahuasca! kkkk. Eu admiro muito a história que ela constrói para a vida dela. É uma grande e belíssima mulher. Totalmente compreensível sua reação, meu caro Jaylei. rsss