Corria o ano de 1968 e o mundo era, ao mesmo tempo, bem diferente e bem igual ao que vivemos hoje. Sobre o que era igual, não tem necessidade de discutir nesse texto, até porque não quero desenvolver uma úlcera. Mas sobre o que era diferente — especificamente na cena musical — bem, aí vale a pena um breve mergulho.
Gosto de imaginar um tempo em que conviviam gigantes como os Beatles, os Rolling Stones, o The Who,Jimi Hendrix, Led Zeppelin, The Doors, Janis Joplin, Bob Dylan e tantos, tantos, tantos outros. Aqui no Brasil, não era diferente: a onda da Bossa Nova quebrava na praia e deixava na areia nomes como Nara Leão, Elis Regina e Chio Buarque. Escorrendo da Bahia vinham os tropicalistas Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé e nossos Beatles brasileiros, Os Mutantes. Até a Jovem Guarda (por mais rasa que fosse), trazia coisas novas para a música. Puxa, que momento fabuloso deve ter sido aquele (eu tinha menos de 1 ano de idade, e só vim a saber da festa quando já tinha acabado…)
No apagar das luzes de 1968, os Rolling Stones, uma banda que tinha apenas 6 anos de existência e já era consagrada, decidiu criar um evento para celebrar o rock’n’roll. Desde sua criação em 1962 eles já vinham inovando com a inserção do blues no rock britânico — um experimento que passaria a definir o estilo da banda — e com um conceito novo para a cena musical: o vídeo como veículo para suas músicas.
Mais cedo naquele ano o grupo havia contratado o diretor Michael Lindsay-Hogg e o cinegrafista Tony Richmond e com eles produziram vídeos para Jumpin Jack Flash e Child of the Moon. E não é que os meninos gostaram da experiência? O vídeo de Child of the Moon, para ficarmos em um exemplo, é um dos protótipos dos vídeos musicais que veríamos ao longo das décadas de 70, 80 e 90, e que levariam ao nascimento de canais exclusivos de clipes musicais, como no caso da MTV. (O Thadeu Camargo aponta para o fato de os Beatles terem criado vídeos para Penny Lane e Strawberry Fields Forever um ano antes, o que é correto, mas não dá negar que os Stones estava lá, no nascimento dessa nova expressão artística).
Lindsay-Hogg foi quem teve a ideia de usarem o conceito de um circo para o especial, que seria exibido pela BBC. Contudo, a rede britânica não teria parte na concepção nem na realização do evento. Tudo ficou a cargo da própria banda e dos dois profissionais de vídeo. Aliás, na época era comum que não houvesse grandes times de produção envolvidos, como seria o caso nos dias de hoje. Mick Jagger, por exemplo, foi quem pensou em um conjunto de bandas tocando em metade do evento e os Stones na outra metade. Nascia, assim, a ideia para The Rolling Stones Rock and Roll Circus, que seria gravado como um show a ser exibido na televisão (e que nunca foi, como veremos a seguir). Gravado ao vivo entre 11 e 12 de dezembro de 1968, o show é uma das mais impressionantes produções do rock do século XX, e não é todo mundo que tem ideia do que foi aquilo.
Vamos ver se conseguimos ajudar com essa questão.
A ideia de um circo musical foi dada por Linsay-Hogg, e Mick Jagger adorou o conceito, dando sinal verde para o projeto. Além da participação dos próprios Stones, Jagger fez questão apenas do The Who, pensou em definir as bandas do jeito que desse, e sugeriu que uma banda iniciante abrisse o show.
Aqui vemos um fato curioso: algumas possibilidades de bandas iniciantes saltaram aos olhos dos organizadores. A principal delas era o Jethro Tull, naquela época com apenas alguns meses de existência. Jagger havia gostado do estilo do vocalista Ian Anderson, considerando-o um performer interessante. Ocorre que outra banda iniciante também foi considerada, mas como tinha uma “guitarra exagerada”, não fez o gosto de Mick Jagger e os organizadores ficaram com o Jethro Tull mesmo. Quer saber o nome da banda que ficou de fora? Led Zeppelin. Não vou nem comentar…
Bem, mas o que interessa é que o Jethro Tull deu início ao show, executando uma excelente verão de A Song for Jeffrey, com o então jovem Ian Anderson já exibindo seus dotes na flauta transversal e sua pose de garça, equilibrando-se em uma perna só. É bem perceptível o entusiasmo de Anderson, que já naquele começo do Jethro Tull transbordava a energia pela qual seria mundialmente conhecido. Interessante, também, é notar que a banda também tinha predileção pelo blues, a grande paixão dos Rolling Stones, o que transparece não só no riff da gaita de Glenn Cornick, mas no beat da bateria de Clive Bunker e no próprio tempo da música. O Jethro Tull ainda estava a alguns anos de Aqualung, Thick as a Brick, Minstrel in the Gallery e Too Old to Rock’n’Roll, Too Young to Die, por exemplo, mas com essa bela execução de A Song for Jeffrey, a banda certamente mostrou ao que veio.
Para muitos — e uma das supostas razões pelas quais esse show ficou 28 anos escondido do público — o ponto alto do The Rolling Stones Rock and Roll Circus foi a apresentação que veio em seguida, do The Who.
O The Who havia sido formado em Londres, em 1964 a partir do The Detours, a banda anterior de Roger Daltrey. É interessante observar que ao se perguntar para alguém que curte rock’n’roll dos anos sessenta quais as principais bandas da época, em várias listas o The Who vai vir lá embaixo, e em algumas delas nem vai constar. Ledo e injusto engano. O The Who sempre foi uma usina de força, de originalidade, de insânia do rock, e certamente é um dos maiores expoentes desse gênero musical. Sim, Os Beatles e os Rolling Stonessão os nomes que mais nos vêm à mente para o nascimento do rock, e para as variações no tema sempre temos os nomes mais chamativos: o Pink Floyd para o progressivo, o Black Sabbath para o heavy metal, o Sex Pistols para o Punk, o Led Zeppelin para entender como era quando os gigantes caminhavam sobre a Terra, e por aí vai. Mas o The Who não é menor nem menos influente, nem menos importante que nenhum desses nomes, ficando no mesmo patamar dos maiores nomes da música do século XX.
Nessa apresentação eles simplesmente arrasaram. É visível o entusiasmo, a energia e, principalmente, a sinergia de Pete Townshend, Roger Daltrey, John Entwistle e Keith Moon, na fantástica execução de A Quick One While He’s Away (uma rapidinha enquanto ele está fora), uma peça de ópera-rock que tem de tudo em seus seis movimentos: uma premissa engraçadíssima, mudanças de ritmo—começando com um quarteto de barbearia a capella, passando pelo melhor do rock, engatando uma melodia típica do teatro vaudevilleeuropeu do início do século XX, voltando ao rock, excelentes riffs de guitarra de Pete Townshend, e terminando com uma ária operística em um dueto de Daltrey e Townshend; tudo isso sendo conduzido, claro, sob as baquetas ensandecidas de Keith Moon. Em sete minutos e quarenta segundos, o The Who efetivamente pôs fogo no circo dos Rolling Stones. Estávamos ainda a um ano de Tommy, a Ópera-Rock do The Who, e a 11 anos de Quadrophenia o filme operístico da banda, mas ali, no palco do circo, eles já mostravam com clareza que eram uma banda fora de série.
Não é de admirar que Jagger tenha se desencantado de publicar o show, depois dessa performance arrasa-quarteirão.
Em seguida ao The Who entrou em cena o blueseiro americano Taj Mahal, com sua banda. Juntos, executaram Ain’t That a Lot of Love, de Homer Banks. A banda tinha tido problemas para entrar na Grã-Bretanha, por um problema com os vistos. O diretor Michael Lidsay-Hogg e o próprio Mick Jagger tentaram dar de ombros, tipo C’est la vie, mas Keith Richards ameaçou virar a mesa: se Taj Mahal não se apresentasse, ele não tocaria com os Stones. Conseguiram dobrar as autoridades, mas com a promessa de que ficariam apenas dois dias na ilha e apenas como turistas (não podendo se apresentar), o que demandou que a gravação fosse feita às pressas, fora do momento em que todas as bandas se apresentaram, para aproveitar o tempo escasso que as autoridades permitiram que a banda ficasse em solo britânico. A música executada por Taj Mahal e sua banda tem a marca do soul, o gingado frenético que na época já havia sido imortalizado por James Brown, “Soul Brother Number 1”. Importante observar que o guitarrista da banda de Taj Mahal era Jesse Ed Davis, um descendente da tribo Comanche que é reconhecido como um dos maiores nomes entre os nativos norte-americanos a ter atingido a fama musical. A performance da banda de Taj Mahal, com todos trajados de cowboys, não deixa dúvidas quanto ao talento de todos os músicos.
O momento glamour da produção veio com a apresentação de Marianne Faithful, então com apenas 22 anos de idade e três de carreira. A jovem cantora estava no auge de sua beleza física, no período que antecedeu sua pesada passagem pelo mundo das drogas. Na década de 70, a angelical garota londrina se viciaria em heroína a ponto de. alterar permanentemente sua voz doce, mas se reinventando como cantora mais “do mundo”, menos angélica e mais real. Contudo isso viria depois, em outro momento. Naqueles dias de 1968 ela ainda era a namorada de Mick Jagger — e que casal estupidamente lindo os dois formavam — e encantava as plateias com sua beleza e com sua voz pura.
Em sua apresentação, Marianne Faithful executa uma bela versão de Something Better, de autoria de Barry Mann, Gerry Goffin. Goffin, coincidentemente era casado com a cantora nova-iorquina Carole King, com quem e para quem escreveu vários sucessos dos anos 60. Mas nada se aproxima da leveza de Marianne Faithful ao entoar os versos da canção.
Puxa, mas tudo isso que veio antes não poderia preparar os presentes para o próximo ato do circo dos Rolling Stones. Mick Jagger queria que uma “superbanda” se apresentasse, com talentos de várias bandas tocando juntos. Para o vocal, sua primeira opção era Steve Winwood, recém saído da banda Traffic, que atendeu o telefone com a voz rouca, completamente cansado. Jagger desistiu e pensou em convidar Paul McCartney, mas também desistiu porque achou que o Beatle demoraria demais para se decidir (e o show aconteceria em apenas três dias). Jagger, então, resolveu ligar para John Lennon, que aceitou na hora. Para a formação da superbanda, Lennon disse que conseguiria trazer Eric Clapton para o palco. A banda seria completada — a pedido de Keith Richards — com o baterista Mitch Mitchell, que na época era parte da fabulosa banda The Jimi Hendrix Experience, ao lado do baixista Noel Redding e, obviamente, do deus supremo da música e da guitarra, Jimi Hendrix. A superbanda de uma música só levava o nome de The Dirty Mac, e seria completada pelo “baixista” Keith Richards. Não dá para imaginar tantas estrelas, tantos egos juntos em uma banda só, obviamente. Eram todos gênios em suas respectivas bandas, ainda que fossem todos muito jovens, e é impressionante o que fizeram no palco com apenas umas poucas horas — se tanto — de ensaio. Não podemos deixar de notar que Richards, diante de Eric Clapton, não hesitou em deixar a guitarra de lado e assumir humildemente o baixo do grupo.
Nos dias de hoje, é bom frisar, uma iniciativa dessas demoraria meses para se solidificar, e passaria pelo escrutínio de dezenas de produtores, marqueteiros, executivos de gravadoras e o escambau. Mas naqueles tempos mais simples de 1968, bastou a vontade de um roqueiro e alguns telefonemas. Eram todos amigos, ainda que rivais nos palcos, como era o caso explícito de Mick Jagger e John Lennon.
Em sua apresentação, The Dirty Mac executou uma fantástica versão de Yer Blues, sucesso do famoso White Album, dos Beatles. Yer Blues, para quem não sabe, foi composta por Lennon como uma paródia de blues. Lennon era bem ciente de que para se compor blues é necessário ter uma ligação de raiz com o sul dos EUA, e que as tentativas dos britânicos — por natureza mega-distantes dos campos de algodão sulistas do século XIX — só poderiam admirar e, no máximo, arremedar o estilo. Yer Blues surge, então, como uma homenagem, um lamento de quem gostaria de ter no DNA esse estilo riquíssimo, mas sempre vai olhar de fora (com exceção, obviamente, de Eric Clapton, mas para Deus as regras são diferentes). A música é excelente, claro, e contém todos os elementos do blues — Lennon, por mais que estivesse do lado de fora, era um gênio musical, e conseguiu tocar a alma desse estilo musical com sua canção. Ainda assim, o líder dos Beatles nunca deixou de admitir que Yer Blues era uma paródia que simplesmente visava homenagear o blues.
No que concerne à apresentação do The Dirty Mac, a bateria precisa de Mitchell e o baixo competente (mas não apagado) de Richards abrem espaço para a letra e a voz ácida de Lennon, e — o toque principal — para a guitarra de Clapton. Ele nos dá de presente um solo caprichado, carregado no blues — como a música demanda, aliás — e é bem visível como todos estão se divertindo no palco, um grupo de amigos fazendo umajam para quem teve a sorte de assistir. É um momento raro na música, esse encontro, e vale a pena ser revisitado de tempos em tempos pelos amantes do rock.
Infelizmente, o show no circo teve seu momento “vergonha alheia”.
Ao final da apresentação do The Dirty Mac, Yoko Ono, a então namorada de John Lennon — e que é creditada pelo desmantelamento final do Beatles — sai de dentro de um saco preto ao lado do palco e se junta ao grupo, ao mesmo tempo em que o violinista francês Ivry Gitlis subia para uma performance instrumental junto do The Dirty Mac.
Gitlis começa a tocar em meio aos roqueiros, e consegue acompanhar as guitarras, baixo e bateria com um som inovador. O violino não é nem de longe um instrumento que normalmente se associa ao rock, mas é visível a harmonia e a inovação que o som de Gitlis ameaçava trazer ao conjunto.
Digo “ameaçava” porque no meio do caminho havia uma Yoko Ono, infelizmente.
Do nada, a namorada de Lennon começa a gritar no microfone, um arremedo de cantoria sem letra, que irrita a todos — e principalmente a Gitlis — e teima em não terminar nunca. É ruim. É prá lá de ruim. Para você ter uma ideia de como é ruim: lembra de The Great Gig in The Sky, do álbum The Dark Side of The Moon, do Pink Floyd, maravilhosamente cantado pela Clare Torry? Então, imagina alguém quebrando aquele disco de vinil e esfaqueando um porco com os cacos por duas horas seguidas. É ruim desse tanto, apesar de durar bem menos: são “só” cinco minutos de tortura.
Procurei bastante pela “performance” de Yoko Ono estragando o violino de Gitlis em meio ao The Dirty Mac, mas só consegui encontrar a versão de áudio. Ouça por sua conta e risco.
O fim dessa apresentação do The Dirty Mac, com Ivry Gitlis e Yoko Ono ocorreu por volta da meia noite. As bandas vinham se apresentando desde de manhã, e Mick Jagger havia feito a coordenação do evento o dia inteiro. Some-se ao adiantado da hora o fato de que o palco dos Rolling Stones demorou mais uma hora e meia para ser organizado, e o que se viu, infelizmente, foi uma apresentação de músicos prá lá de cansados.
O show dos moços começou com Jumpin’ Jáck Flash, e o cansaço era visível nos olhos de Mick Jagger, bem como na guitarra de Brian Jones, no baixo de Bill Wyman e na bateria de Charlie Watts. Já eram duas horas da manhã, e os caras estavam ali já há 14 horas, segundo conta Michael Lindsay-Hogg. Jagger se mexia como sempre, e tentou demonstrar energia, mas o único que ainda tinha energia e francamente parecia ligado no 220 era Keith Richards.
Muito dos atrasos ao longo do dia ocorreram por conta das câmeras francesas — trazidas à Grã-Bretanha exatamente para esse evento, por conta de sua qualidade — terem apresentado defeitos ao longo das gravações. Os técnicos franceses fizeram de tudo para que os atrasos ficassem no mínimo possível, mas em alguns casos isso não aconteceu. O resultado foi que o show ficou aquém do que os Rolling Stones em geral (e Mick Jagger em particular) queriam, o que contribuiu para que essa joia rara de show — porque, vamos e venhamos, um show dos Rolling Stones, por menos que eles próprios não tivessem gostado, é sempre uma das melhores coisas que a Humanidade consegue produzir — ficasse desconhecida do público por 28 anos.
Eles até se prontificaram a regravar sua apresentação, e planejaram uma viagem a Roma, onde as filmagens aconteceriam no próprio Coliseu, o que teria sido fora de série. Infelizmente, a cidade negou a licença para que o show fosse filmado no palco dos gladiadores, e o projeto foi abandonado.
Durante quase três décadas os rolos de filme foram esquecidos, primeiro em um armário no escritório da banda, depois em uma fazenda de um dos executivos que cuidavam dos Rolling Stones.
Recuperados no início da década de 90, o show foi finalmente editado e distribuído, tanto em CD quanto em DVD. Na época do lançamento eu consegui uma cópia importada do CD, e fiquei impressionado com uma produção tão fabulosa ter ficado desconhecida por quase trinta anos. Mas, claro, fiquei mais que feliz por conhecer o show, e por um bom tempo o CD não saiu de meu aparelho de som (coisa que ainda existia na década de 90).
O show dos Stones continua com Parachute Woman, No Expectations, You Can’t Always Get What You Want, até o clímax, que ocorre com uma execução magistral de Sympathy for the Devil. A composição satânica dos Stones abria o disco Beggar’s Banquet, lançado alguns dias antes da gravação do show. Não há como minimizar a importância dessa música no futuro gênero do Heavy Metal, uma das principais canções da década de 60. Jagger compôs a letra, inspirado pelos escritos do poeta francês Charles Baudelaire e pelo livro O Mestre e Margarita, de Mikhail Bulgakov. Mas foi Keith Richards quem sugeriu o ritmo de samba e a percussão africana para a canção. Sim, pouca gente sabe, mas Sympathy for the Devil foi composto como um samba. As coisas que a gente aprende nessa vida…
Mesmo cansado, Jagger se entregou a uma performance profunda da canção, tirando a camisa como que oferecendo suas costas ao flagelo do próprio diabo. Mesmo com Bill Wyman quase dormindo no baixo e Brian Jones praticamente incapaz de mexer suas maracas, Jagger se lança de corpo e alma à interpretação, talvez incentivado pela percussão de Kwasi “Rocky” Dzidzornu, o percussionista ganês que gravou três discos com os Stones e era uma referência na percussão de estilo africano até sua morte em 1993.
A apresentação dos Rolling Stones terminaria com Salt of the Earth, uma balada tranquila que homenageia o homem comum, o trabalhador que move o mundo. Terminava, ali, um momento mágico, repleto de heróis do rock’n’roll, e que só não foi mais influente porque ficou esquecido por quase três décadas.
Importante citar que The Rolling Stone Rock and Roll Circus foi a última apresentação ao vivo do guitarrista Brian Jones. Naquele momento Jones já estava completamente entregue às drogas, incapaz de se concentrar nos assuntos da banda, e seria “despedido” algumas semanas depois das gravações. Jones morreu em 3 de julho de 1969, afogado na piscina de sua própria casa, sob efeito de álcool e drogas.
Quer uma sugestão? Bloqueie uma hora e meia em sua agenda, de preferência em uma noite quente, abra uma cerveja (ou duas dúzias) e assista The Rolling Stones Rock And Roll Circus. Ah, já fez isso? Ótimo, então faça de novo. Não é todo dia que uma constelação inteira — das estrelas mais brilhantes — vai ao circo.
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